O setor do biodiesel espera ansioso a aprovação da Medida Provisória 540, que trata da nova política para a indústria brasileira e de autoria do deputado Renato Mullen (PP-RS). Se aprovada, o setor deve ficar isento da cobrança de PIS/Cofins. Além disso, os produtores pedem o aumento da mistura do biodiesel ao diesel para 7%. Os assuntos foram discutidos em um evento realizado em São Paulo.
Lado a lado, usineiros e representantes do governo. Cautela de um lado, entusiasmo de outro. A ambos não faltam argumentos. A mistura de biodiesel no diesel utilizado no Brasil é hoje de 5%, proporção alcançada três anos antes do que previa o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Mesmo assim o setor considera pouco e quer aumentar a mistura para 7% no próximo ano. A ideia é chegar a 2020 com 20%.
– Nós temos disponibilidade de matéria prima, necessidade de combustível porque o Brasil importa diesel e temos capacidade industrial ociosa na ordem de 50%. Então se o governo brasileiro se sente confortável nós podemos, como setor produtivo, implermentar o B7 imediatamente no Brasil – relata o presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella.
O setor aponta vantagens econômicas e ambientais.
– Aumento na utilização de matéria prima, com isto agregando valor às commodities agrícolas do Brasil, uma diminuição da importação de diesel, melhorando a balança comercial utilização de energia renovável, consequentemente melhorando a qualidade do ar nas grandes cidades. E um ponto muito importante, o beneficiamento da agricultura familiar, porque mais biodiesel significa mais inclusão social através da agricultura familiar – complementa Battistella.
O governo trata o tema com cautela. Não existe previsão nem uma data definida para o aumento da mistura que, segundo o diretor do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, depende de uma série de fatores.
Fonte:
http://www.radiofandango.com.br/archive/valor.php?noticia=23675
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